sábado, 27 de setembro de 2008

G-5 quer discutir plano para combater alta dos alimentos

TAHIANE STOCHERO
do Agora, em Nova York

O G-5 (Brasil, México, Índia, África do Sul e China) agendou neste sábado uma reunião de especialistas para discutir propostas com o objetivo de elaborar um plano para combater o aumento dos preços dos alimentos no mundo. O encontro irá ocorrer entre 17 e 21 de novembro, em São Paulo, no mesmo período mas fora dos debates da I Conferência Internacional de Biocombustíveis, promovida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A decisão ocorreu pela manhã em Nova York durante reunião dos ministros de Relações Exteriores dos cinco países desenvolvidos membros do grupo, que contou com a presença do ministro Celso Amorim.

A divulgação da tecnologia brasileira de produção de biocombustíveis tem sido um dos carros-chefes do governo Lula, que rebate sempre que pode as acusações de que os biocombustíveis afetam a produção de alimentos, contribuindo para o aumento global dos preços.

Nesta semana, em seu discurso na Assembléia-Geral, o presidente disse que o grande culpado pelo problema é a alta especulativa dos preços do petróleo e que, apesar da "crise alimentar e energética" estarem "profundamente entrelaçadas", "a tentativa de associar a alta dos alimentos à difusão dos biocombustíveis não resiste à análise objetiva da realidade".

Segundo o Ministério de Relações Exteriores, representantes de 190 países deverão estar presentes, entre eles a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, e o presidente dos EUA, George W. Bush, em sua última viagem internacional antes do término do mandato.

Os países-membros do Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) também confirmaram presença. Na ONU, Lula convidou também o o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e lideranças africanas e européias para a conferência.

Nenhum comentário: